lunedì 15 dicembre 2008

D-League: Papi Kriki 0-7 Montanelas

"Hey! What's wrong with you?"
Algo vai muito mal na colectividade azul e branca, que sofreu a maior derrota desde a sua fundação. Problemas de motivação, de técnica, de finalização, de posicionamento, de velocidade, de determinação ou de espírito. Escolham a opção que mais vos aprouver para justificar a paupérrima performance no último jogo de 2008, um perfeito espelho daquilo que, com esporádicas excepções, tem sido a época dos Papi Kriki: uma verdadeira calamidade.
Era imperativa uma reacção cabal da equipa após a frustrante perda de pontos frente ao Timi Boceta. Todavia, o que se verificou foi uma avalanche ofensiva por parte dos campeões em título e actuais líderes, lestos nas movimentações, sempre bastante matreiros e esclarecidos. O primeiro quarto do encontro ainda foi disputado, com o golo a poder surgir em qualquer das balizas. A fava acabou por sair em forma de contra-ataque, favorável aos Montanelas. Miguel Vieira, com tempo para tudo, escolheu o lado para o qual pretendia endereçar o esférico e lá inaugurou o marcador. Na subsequente insegurança dos Papi, José Pinto disparou um tiro indefensável ao canto superior, ampliando a vantagem. Ainda mal tinha sido engolido o segundo tento, já um potente livre de Bernardo Martins furava a barreira para o terceiro. Barriga cheia mesmo sobre o intervalo, com o quarto golo numa boa jogada individual de Miguel Vieira.
A pausa não curou a tremenda indigestão: José Mendes e Rui Vieira também puderam deixar a sua marca no placard e Miguel Vieira a consumar o "hat-trick". Pelo meio, os azuis ainda dispuseram de algumas (escassas) oportunidades para reduzir. Em vão. Quer Tiago Ramalho, quer Vasco Almeida estiveram mais seguros do que o seu congénere Vimarani, infeliz em dois golos.
Os próprios jogadores do FC Montanelas admitiram que "tinham feito o jogo das suas vidas", é certo. Seguro é também que, com Paolo Negro e Abilini em jogo, talvez o cenário tivesse sido mais favorável. Mas evidente é, por mais justificações que se possam apresentar, que os terceiranistas estão a passar pela maior crise exibicional da história, estando inclusivamente à mercê dos Timi Boceta, algo impensável há alguns dias atrás.
No entanto, a liga ainda tem muito para dar e a convicção é uma: por mais coisas erradas que estejam a ocorrer, ainda tudo pode mudar. É necessário dar a volta por cima após a pausa de Inverno.

Ficha de Jogo:

26 Vimarani
4 Bruni
7 Machi
8 Jorgini
9 Di Montero
10 Huggini
12 Gianni
22 Gigi

mercoledì 3 dicembre 2008

D-League: Papi Kriki 4-4 Timi Boceta

Pincéis secos, tela estragada, imagem manchada

"O Surrealismo destacou-se nas artes, principalmente por quadros ou esculturas que expressavam os sonhos dos artistas. Porém não bastavam ser sonhos comuns, deveriam ser aqueles que tem formas variadas e confusas, como um boi com asas ou peixes andando nas nuvens."
Marc Chagall, Joan Miró, Max Ernst, Salvador Dali e René Magritte ocuparam os lugares deixados vagos no cinco base dos Papi Kriki, destinados a um objectivo que seria comum: pintar em conjunto a maior obra-prima que o Homem alguma vez teve o prazer de contemplar. No entanto, tanta genialidade acabou por redundar num tremendo fracasso, visto que cada um, ainda que com a mesma finalidade e estilo, tem uma visão diferente da pintura, um distinto modo de retratar os seus sonhos.
Apesar de tudo, a tela viu a luz do dia. E todos os visitantes que a puderam ver ficaram simultaneamente chocados e confusos. Cinco pinturas completamente sobrepostas no mesmo quadro com um sentido, no mínimo, ininteligível. Os sublimes pintores pretenderam enfatizar a sua parte do quadro em detrimento da dos seus colegas de profissão e o resultado foi uma dispersa miscelânea de cores arbitrariamente distribuidas.
Isso foi o que se passou hoje à tarde no Pavilhão do Viso. Os Papi Kriki borraram inexplicavelmente a pintura que tinha tudo para sair perfeita, logo após a primeira pincelada de Di Montero aos três segundos de jogo. Mas nada de perfeito este encontro trouxe aos favoritos, já que, estando estes a ganhar por quatro bolas a uma a dez minutos do fim, se deixaram apaticamente empatar. E perante tantas facilidades, ou melhor, tanto facilitismo, o subestimado adversário não se fez rogado e conseguiu impedir a quinta derrota em cinco jogos.
Os pontos foram repartidos, mas em contextos antagónicos. Uns saciaram a madrasta fome com uma pequena fatia de pão; outros, começaram a ver avassaladoramente o chão a abrir-se à sua frente, com uma tijoleira manchada de vergonha e frustração.

Ficha de Jogo:

26 Vimarani
2 Abilini
4 Bruni
8 Jorgini
9 Di Montero (3)
10 Huggini
12 Gianni (1)
22 Gigi